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Testemunhos dos beneficiários 

Histórias de mudança mais significativas que vale a pena realçar

Vovó Carlota: No meio da velhice e pobreza é possível ter água potável e um saneamento adequado

A senhora Carlota Chaúque nasceu em 1935 no Distrito de Manhiça é residente do bairro de Mavalane “A”, desde 1965 teve 15 filhos (morreram 13) e reside sozinha desde os anos 1990. Para buscar água tinha que madrugar para o campo de Desportos da Costa do Sol, tempo depois houve um fontanário na ponte (perto da praça dos combatentes), e, nesses momentos havia muitos conflitos entre os utentes onde perdia muito tempo na busca de água. Com idade avançada e questões de saúde que a debilitam não consegue ir a machamba, vive do subsídio do INAS do qual era obrigada a pagar um valor de 50,00MT para alguém lhe encher um tambor de 210 litros, que devia perdurar 1 a 2 semanas dependendo do uso. No entanto tinha a desvantagem de consumir água suja devido ao tempo prologando para o uso de 1 tambor e a dificuldade de encontrar alguém para caretar água sempre que fosse necessário.

A senhora Carlota Chaúque nasceu em 1935 no Distrito de Manhiça é residente do bairro de Mavalane “A”, desde 1965 teve 15 filhos (morreram 13) e reside sozinha desde os anos 1990. Para buscar água tinha que madrugar para o campo de Desportos da Costa do Sol, tempo depois houve um fontanário na ponte (perto da praça dos combatentes), e, nesses momentos havia muitos conflitos entre os utentes onde perdia muito tempo na busca de água. Com idade avançada e questões de saúde que a debilitam não consegue ir a machamba, vive do subsídio do INAS do qual era obrigada a pagar um valor de 50,00MT para alguém lhe encher um tambor de 210 litros, que devia perdurar 1 a 2 semanas dependendo do uso. No entanto tinha a desvantagem de consumir água suja devido ao tempo prologando para o uso de 1 tambor e a dificuldade de encontrar alguém para caretar água sempre que fosse necessário.

Quanto as mudanças que o projecto “Kubasisa Muganga” da PAMODZI trouxe à vida da vovó Carlota ela afirma:

“Pago preço justo para um consumo de acordo com as minhas necessidades e economizo o pouco valor que recebo da Acção Social como apoio aos idosos. Bebo água potável, mesmo doente e naqueles dias muitos críticos que não consigo levantar para fazer muita coisa tenho acesso a água por perto. Reduziu a dependência para ter água pois tinha que pagar e pedir crianças de outras pessoas e nem sempre os pais simpatizam com estes pedidos constantes.

A existência do projecto “Kubasisa Muganga” implementado pela PAMODZI trouxe um significado á minha vida pois em 2012 e aos 77 anos de idade no meio da velhice e pobreza tive uma ligação de água em casa” – disse a terminar Carlota Chaúque.

No dilema da pobreza e de todos os factores correlacionados o que significa ter acesso a água e saneamento

PAMODZI (PAM): Conte a sua história (acesso a água e saneamento) antes da intervenção do projecto da PAMODZI?

​Menalda Rafael Mandjendje (MRM): Sofria-se aqui no bairro de Inhagóia para ter água. Tirávamos no operador privado, a senhora da casa as vezes saía cedo e não tínhamos acesso a água. Nos dias que ela permitia, tirávamos mas não nos deixava lavar o recipiente de água, por vezes interrompia a fila alegando que era longa, pelo que algumas pessoas ficavam sem água e recorriam a água dos poços. Na minha casa usava a água do poço para lavar a loiça, tomar banho, lavar a roupa, e tinha que depender do operador privado para ter água para beber e preparar os alimentos. Éramos obrigados a conservar água nos bidons especificamente para o consumo. Em relação as latrinas, sofríamos muito, pois fazíamos covas onde metíamos pneus ou por vezes sem pneus e por cima colocávamos tábuas ou estacas e chapas, deixando um buraco por onde nos agachávamos. As latrinas não duravam muito tempo, pois desabavam.

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PAM: Menalda Rafael Mandjendje uma das pessoas que teve facilidade de ligação de água via contracto subsidiado (GPOBA) caretando água na sua torneira

 

MRM: Já temos água no quintal. São poucas vezes que esta não sai, pelo que não mais sofremos por falta de água.

PAM: Qual é o impacto de ter uma latrina melhorada?

 

MRM: O projecto trouxe mudanças na nossa vida, já temos latrinas melhoradas com a própria casota. Esta latrina permite varrer e lavar a laje deixando-a bonita. O facto de a latrina facilitar a limpeza e possuir a tampa reduziu o aparecimento da cólera pois as moscas já não conseguem tirar as fezes da latrina e depois pousar na comida. O mau cheiro das latrinas diminuiu pois muitas famílias receberam latrinas e os activistas nos ensinaram que devemos por cinza para abafar o cheiro. Eu na minha casa uso cinza para reduzir o cheiro.

Testemunhos dos Doadores e Parceiros

Uma análise feita pelos doadores

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Segundo Rosaria Mabica representante da WaterAid em Moçambique

 

WaterAid e PAMODZI cumprem juntos a missão de melhorar o acesso a água e saneamento nas comunidades


PAMODZI (PAM): Gostaríamos de ter a vossa análise sobre a parceria que tivemos que durou mais ou menos 9 anos e que terminou em Março de 2015. Quais os ideais que levaram a WaterAid a estabelecer uma parceria com a PAMODZI?

Rosária Mabica (RM): Quero agradecer em nome da WaterAid e em meu nome pessoal pelo facto de a PAMODZI se dignar vir formalmente conversar connosco para análise da parceria e o facto de formalmente virem apresentar as suas despedidas em relação a esta parceria. É uma parceria que inicia na altura em que nós como WaterAid iniciamos o trabalho urbano em Maputo e realmente isso é um marco daquilo que foram as actividades da WaterAid e seus objectivos especialmente no que diz respeito ao programa urbano.
 

É uma parceria que está em vigor a mais ou menos no mesmo tempo em que eu estou na WaterAid numa altura em que o escritório nacional da WaterAid se mudou de Niassa para Maputo foi nessa altura em que eu entro como representante mas vinda de Quelimane onde fiquei um ano.

PAMODZI uma instituição com futuro

Em relação a PAMODZI como organização é uma instituição que pode ter futuro brilhante, provavelmente algumas questões precisam de ser revistas, o importante é sabermos que isto existe e reconhecermos que precisamos de fazer alguma coisa o que é normal. A PAMODZI é uma organização muito organizada, muito bem estruturada mas tendo em atenção que mesmo numa organização muito bem sucedida há momentos altos e baixos e o que é importante é reconhecer esse altos e baixos melhorar e ir para frente. Vocês são uma organização que cresceu e penso que com qualquer organização ou doador vocês podem trabalhar e fazer um bom trabalho. O que eu queria pedir para vocês é que não podem parar porque realmente vocês têm potencial para continuar e continuar a fazer boas coisas.


A WaterAid foi só um trampolim e não pode ter sido um fim. Eu ia ficar muito triste se daqui a alguns anos ouvisse que a PAMODZI como organização já acabou, não pode ser. Uma organização como esta não pode parar tem que continuar e tem potencialidades para continuar. Eu gostaria muito de daqui a alguns anos continuar a ouvir falar da PAMODZI e sempre para frente. Eu vou sair da WaterAid e vou acompanhar o que está a acontecer e vou ficar feliz se eu souber por exemplo que o meu sucessor vai continuar realmente a falar bem da PAMODZI e se nós tivermos que continuar no urbano quem sabe podemos voltar a ter a parceria que nós tivemos, há muitas possibilidades e o tempo vai nos dizer o que vai acontecer. É isto o que eu tenho que dizer a PAMODZI e agradecer pelo facto de vocês terem vindo aqui falar comigo mas também pelo trabalho que fizemos até hoje.

PAM: Através da WaterAid foram mais de 45 milhões de meticais que recebemos de financiamento. Será que ficaram satisfeitos com o uso dos fundos, as regras e procedimentos e a performance da PAMODZI tendo em conta que a WaterAid assumia responsabilidade com outros doadores?


RM: Ao longo destes anos falo especificamente dos projectos financiados pela União Europeia foram feitas avaliações de meio-termo e avaliações finais do programa, foram feitas auditorias aos projectos, e apresentamos relatórios regulares e se tivermos em conta os resultados de todas estas actividades, nós vamos dizer sim estamos satisfeitos. O doador ficou satisfeito e eu penso que vocês próprios também ficaram satisfeitos com o trabalho realizado. Como eu disse antes não significa que tudo foi um mar de rosas mas se vermos o resultado final, se formos ver o que conseguimos fazer, se formos ver o que está lá, é evidente que nós estamos satisfeitos. Nós tínhamos um projecto que tinha objectivos e alcançamos a maioria do que era necessário fazer pode não ser em 100 por cento. Se fizermos entrevistas e auscultarmos a comunidade e aos nossos beneficiários vamos ver que eles estão satisfeitos com o que foi feito e então eu posso dizer que sim. Não estou a falar especificamente do dinheiro mas sim estou a falar dos resultados e daquilo que está lá no terreno. Quero fazer correspondência do nosso tempo, do nosso trabalho, das nossas actividades para aquilo que nós fizemos e depois vermos o resultado final do que está lá. E analisando isso eu penso que todos nós ficamos satisfeitos incluindo o nosso doador que estava a providenciar os fundos que estávamos a usar.

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Pedro Pimentel:  Há um aspecto que quero referenciar uma das coisas que nos fez apostar na PAMODZI é que tinha um potencial, eu pessoalmente apercebi-me disto porque eu conhecia a mais a Maria Chuma do que o resto da equipa porque eu tinha tido a oportunidade de trabalhar com a Maria Chuma quando ela trabalhava na CARE Moçambique e tinha uma equipa muito boa e fazia um trabalho de boa qualidade então tive confiança. Mas também porque a PAMODZI tinha uma equipa de jovens que tinham ambições e esta era outra potencialidade. Então no final dos dois projectos tivemos avaliações, conseguimos trabalhar com as observações e recomendações dessas avaliações, ficamos satisfeitos e recebemos bastantes elogios de vários quadrantes.

O vosso contabilista é um grande profissional na sua área de trabalho que tem grande capacidade e potencial e isso é reflexo daquilo que é a equipa da PAMODZI e puderam
mostrar isso durante os 2 projectos. Muitas vezes comentei com o pessoal da minha equipa que ví na PAMODZI grandes capacidades em aspectos organizativos, na produção de documentos e de organização de processos administrativos e a nossa equipa das finanças (a Cecília e o Clepperton) são testemunho disto e sempre que
visitaram a PAMODZI fizeram referências desta forma de organização. A capacidade e o potencial de organização estão lá. E isso tudo faz-me acreditar que a PAMODZI vai a
frente.


Percebemos que a PAMODZI as vezes se atrasava no terreno porque procurava pormenores para melhorar o trabalho pois queria passar um produto de grande qualidade para as comunidades. Então no final do projecto fizemos a maior parte dos objectivos estabelecidos e a qualidade foi boa. E é bom no final estarmos aqui sentados e olhar para traz e dizer que valeu a pena a parceria, valeu o trabalho que foi feito. E precisamos tirar ilações de tudo o que foi feito, e ver com um olhar para o futuro tanto para a PAMODZI assim como para a WaterAid.

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Thierry Revol Gestor na Unidade de Infraestruturas da Delegação da União Europeia em Moçambique

 

Dureza da União Europeia no controlo do uso dos donativos resulta no reforço de capacidades das organizações locais: o caso da PAMODZI

 

Quando olhamos no portefólio de financiamento nos 2 projectos que a União Europeia (UE) financiou entre os anos 2008 a 2015 foram disponibilizados aproximadamente USD$ 1.323.116,84. Além do financiamento a UE interagiu com a PAMODZI diversas vezes realizando visitas no campo através das equipas técnicas quer a nível programático quer a nível das finanças para além de visitas de cortesia.

Mesmo sabendo que por questão de gestão do contrato a UE não trabalha directamente com a PAMODZI, mas, num financiamento havia que respeitar o manual de procedimentos que é de standard elevados e muito rigoroso. Não houve uma notificação da parte das finanças da UE que dissesse que há sinais de mau uso dos valores
disponibilizados. Além disso como regra houveram auditorias das quais 3 sem carta de recomendação. Isto quer dizer que o manual da União Europeia em algum momento foi um dos catalisadores para o crescimento da PAMODZI do ponto de vista de procedimentos administrativos e financeiros.

PAMODZI (PAM): Fazendo uma análise franca e aberta, do que viram no campo tendo em conta o documento do projecto como é que avaliam o trabalho realizado? Qual é o sentido que dão ao trabalho realizado pela PAMODZI?


Thierry Revol (TR): Apesar de eu fazer parte da parte programática vou também falar das finanças porque todos os relatórios passam por mim também. Globalmente estamos satisfeitos com os 2 projectos. Neste caso dos 2 projectos financiamos a WaterAid e esta instituição ficou de certa forma como doador delegado que teve que subcontratar ONG´s como a PAMODZI. A União Europeia não tem capacidade de implementar, e, não é que vamos contratar directamente uma organização que não conhecemos as suas capacidades, não tem estrutura suficiente para entrar no PADOR a nossa base de dados porque tem critérios que tem para segurança financeira que não vem da equipa dos operacionais mas dos sistemas internos que são controlados pelo Parlamento Europeu, por isso que dizem que a União Europeia é dura. É dura porque os fundo vêm de donativos. A União Europeia sendo um doador que dá donativos que não são reembolsáveis o controle e exigência é muito maior porque estamos a falar do dinheiro de contribuintes europeus, e nós temos que ver que o dinheiro que foi pago pelos impostos tem resultados visíveis, por isso que há exigência de visibilidade porque primeiro é boa gestão segundo o cidadão europeu tem que saber o que foi feito e que o dinheiro serviu para os beneficiários finais. É uma exigência muito maior do que qualquer crédito. A vossa performance faz parte da WaterAid e vice-versa. Estamos conscientes que tudo o que foi feito no terreno foi com a participação da PAMODZI junto com as OCB´s. Quem anda a correr no terreno são as organizações locais e com as suas contrapartes as organizações de base. A PAMODZI é uma organização que lida com os objectivos e as OCB´s que são criadas no decurso dos projectos lidam com os utentes.

Uma análise feita pelo Sector Público

Acesso a água potável e saneamento um contributo para um ambiente escolar saudável e seguro

Professor João Carlos Mucavel, Director Adjunto Pedagógico da Escola Primaria Completa Inhagoia “B”


Antes das funções de Director adjunto pedagógico, fez parte do conselho da escola para coordenar diversas actividades neste estabelecimento de ensino. Apareceu a PAMODZI num momento em que a escola atravessava dificuldades para a transmissão de conteúdos sobre a higiene pessoal e colectiva apesar de terem o material didáctico incluindo os manuais. Com a PAMODZI puderam mudar a imagem das paredes, passando a ter mais intervenção na própria criança “aluno”, houve um trabalho complementar na comunidade, que é lá, onde a criança vive. Portanto a criança busca uma determinada informação na escola e volta a receber a mesma informação na comunidade onde vive, assim a própria criança muda a maneira de pensar e da consciência devido ao fluxo da informação que gira em torno dela. E a criança quando encontra um sitio onde pode aplicar fica
satisfeita.

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PAMODZI (PAM): Como é que enquadram a parceria institucional com a PAMODZI dentro das vossas actividades?

 

João Carlos Mucavel (JCM): Como escola, nós percebemos que, a PAMODZI tem um
enquadramento positivo, pois veio enriquecer o conhecimento que nós como escola transmitimos para os nossos alunos, de varias actividades que promoveu, tudo isso, está ligado ao processo de ensino e aprendizagem. Para dizer o seguinte que a PAMODZI está dentro também do processo de ensino e aprendizagem.


PAM: Quais foram as principais mudanças na vossa
escola com a intervenção das actividades com a
PAMODZI?


JCM: Vou iniciar daquilo que nós éramos antes da intervenção da PAMODZI. Na verdade esta escola, desde o tempo que ela foi construída, passaram muitos anos sem que ela tivesse uma reabilitação de raiz, muita coisa estava danificada e funcionávamos com muitas dificuldades, mesmo tendo água tudo funcionava com muitas dificuldades porque estava obsoleto. Com o aparecimento da PAMODZI, foi que um reanimar do coração, houve uma mudança não só como escola com as reabilitações nos sanitários mas também para os próprios alunos e professores que sentiram-se motivados e muita aprendizagem surgiu de como usar os sanitários e quais os cuidados que devemos ter para manter as nossas infra-estruturas.

PAM: Quais são as melhores lições que pode se tirar da inclusão de murais para a educação dos alunos sobre boas práticas de higiene na escola? Porquê essa lição aprendida é relevante ou útil para a escola?


JCM: A escola ganhou um beneficio de mudança de comportamento do próprio aluno com a existência de activistas que são alunos. Analisando o impacto dos murais sobre boas práticas de higiene é positivo, porque convida todas as crianças para aprender o que nela existe em particular as crianças das classes iniciais. Os próprios professores levam os seus alunos para o mural para lhe transmitir o conhecimento. Isso é bom não só para a escola mas também para algumas delegações e pessoas algumas delegações e pessoas da comunidade que aparecem na escola apreciam o mural,
mesmo aquele que está na comunidade há lições por tirar e vemos pessoas lá a apreciar.

PAM: Olhando para as actividades no seu todo, quais são as lições aprendidas que são de realçar para a própria escola ou que podem partilhar com outras escolas que não tiveram intervenção da PAMODZI? Como é que pensa que vão partilhar essas lições com outras escolas?


JCM: Nos tiramos lições positivas com a PAMODZI e chegamos a dizer que, se nós tivéssemos em todas escolas uma organização como a PAMODZI, acho que muitas coisas iriam melhorar, porque a mensagem trazida vem enriquecer os programas de ensino e aprendizagem. Só para salientar que com o trabalho da PAMODZI já se criou uma interligação da comunidade e escola, que agora realmente existe, porque anteriormente, a comunidade só aproximavam a escola só para resolver assunto escolar. Mas a PAMODZI criou um dinamismo para que a comunidade fossem mais envolvida nas actividades escolares e outras extra-escolares. Por exemplo muita juventude vem aqui na escola. Tenho a certeza que eu mesmo aprendi daquelas capacitações e consegui reconciliar a pratica e a teoria. Pude ver que é importante trabalhar com a comunidade de onde vem o aluno para depois especificamente interagir com o aluno na escola para a mudança de comportamento.

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Uma análise feita pelo Sector Público: Autoridade Administrativa do Distrito Municipal KaMubukwana no Município da Cidade de Maputo

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Administração do Distrito Municipal KaMubukwana Sergio Cuacua, funcionário de Conselho Municipal de Maputo, afecto no Sector de Serviços de Infraestruturas, Gestão de Resíduos Sólidos e na gestão de alguns programas municipais como é o caso de Orçamento Participativo e do PERPU No Distrito KaMubukwana


PAMODZI (PAM): Como é que enquadram a parceria institucional com a PAMODZI dentro das vossas actividades?


Sergio Cuacua (SC): Falar da PAMODZI em termo de parceria com o Distrito Municipal KaMubukwana, devo dizer que iniciou em 2011 até Março de 2015. Efectivamente na realização de todas as actividades em todos os passos e em todos os processos, falo da questão das reuniões, da planificação com as estruturas, do próprio processo de implementação, houve essa cooperação. Dai que, a nossa parceria cimentou-se nos resultados que hoje são visíveis neste distrito.

PAM: Como avaliam o impacto do trabalho realizado pela PAMODZI?

(SC): (risos) É uma pergunta interessante essa, porque na verdade, quando foi concebido este
projecto, antes a nível do Conselho Municipal houve um trabalho de ver qual é o Distrito com bairros com problemas de abastecimento de água e saneamento, bairros que normalmente quando chegase na época chuvosa temos tido problemas de doenças diarreicas e na verdade a selecção destes bairros foi na base de um levantamento feito na altura, mas também em consonância com o sector da saúde, uma vez que, nós tínhamos de tempo em tempo a informação epidemiológica da ocorrência das doenças, sobretudo as relacionadas com a falta de abastecimento de agua e saneamento. Antes deste projecto muitas pessoas não tinham água em casa e tinham que andar distâncias, era necessário instalar rede para facilitar as ligações domiciliárias. Muitas latrinas eram tradicionais que no tempo chuvoso podiam desabar e em termos de higiene não eram tão eficazes pois através de vectores as pessoas contraiam doença. Com o trabalho realizado a maior parte das pessoas destes bairros já tem ligações domiciliarias, buscam água localmente e tem latrinas melhoradas. Este é um indicador que não se pode negar e nem se pode fugir. O projecto trouxe resultados positivos.

Uma análise feita pelo Sector Privado: SALOMON Lda

O valor empresarial e académico nas acções da PAMODZI


Eng.º Nelson Matsinhe Director de Aguas e Saneamento da SALOMON Lda e Docente na Faculdade de Engenharia da Universidade Eduardo Mondlane

PAMODZI (PAM): O que vos fez acreditarem que seria bom trabalhar com a PAMODZI? Nelson Matsinhe (NM): Sendo a SALOMON
uma empresa de consultoria que está mais virada a engenharia, e na altura estando a fazer o trabalho que tinha muito a ver com pessoas, população local, tínhamos que procurar uma parceria que pudesse fazer este trabalho, com capacidade de interagir com a população e organizações comunitárias de base, o qual seria uma mais valia visto que a SALOMON não tem esta componente. Obviamente, nos tínhamos  conhecimento que lá existia organizações que conheciam as características sócio- económicas e culturais da população onde nós íamos trabalhar, e foi nesse sentido que olhamos para a PAMODZI como um dos actores dentro de actores, que melhor nos poderia complementar nessas acções. Mas também já tínhamos feito mais de um trabalho com a PAMODZI para além de que uma das pessoas da PAMODZI já o conhecíamos há bastante tempo fora da PAMODZI. Então havia um historial, um conhecimento de que a PAMODZI era uma das organizações que tinha a capacidade que a SALOMON queria naquela altura e havia também referência de outros que já trabalharam com a PAMODZI em casos similares que nos disseram e recomendaram que, podíamos trabalhar com a PAMODZI e conheciam a sua capacidade. É a combinação disso tudo que nos fez dizer que: “A PAMODZI é o melhor parceiro para nós”.

PAM: Como é que avaliaram esse trabalho que fizemos juntos?


NM: Bom, trabalhamos juntos! E obviamente houve um produto que nos foi entregue pela PAMODZI, com a compilação de um relatório que foi um pouco a mais daquilo que esperávamos. Nós pretendíamos uma certa informação estruturada de uma certa forma, que nos permitiria responder aquilo que eram as nossas atribuições na tal consultoria que estávamos envolvidos. Recebemos da PAMODZI um produto que ultrapassou as nossas expectativas e um pouco mais! Até ajudou-nos a fazer analise que nós tínhamos que fazer, ao invés de entregar dados, ajudaram-nos a fazer análise. Portanto é uma avaliação positiva, foram apenas três trabalhos que a gente fez juntos. Talvez, dizer um pouco mais, é que, um dos primeiros trabalhos a informação que foi colhida foi de boa qualidade e estruturada, serviu para um outro espaço da minha fase de formação de pós-graduação e for usada para fazer um artigo cientifico. Da maneira que os assuntos foram tratados e a informação produzida pela PAMODZI, pese embora uma fracção foi aceite para um artigo cientifico. Em suma o produto que a PAMODZI trouxe valeu para o trabalho de consultoria e contribuiu também paraum artigo científico.

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PAMODZI é uma organização sem fins lucrativos criada em 2005 que atende às necessidades de indivíduos, empresas e agências governamentais.

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